A presença de cálculos na vesícula biliar é bastante frequente no ocidente, a literatura indica que entre 10 e 15% da população americana por exemplo tem essa doença.

 

São mais comuns em mulheres, acima dos 40 anos, obesas, com história familiar dessa doença, multíparas, pacientes em pós operatório de gastroplastia, doença de crohn e doenças hemolíticas. Alguns medicamentos também aumentam a incidência dessa doença, como por exemplo o octeotride.

 

Pode ser assintomática e um achado de exame realizado por outro motivo. Nos casos como sintomas, eles são: dor abdominal, geralmente no quadrante superior direito, podendo ser em cólica e pós alimentar (a chamada cólica biliar). Má digestão, principalmente de alimentos gordurosos e frituras.  Náuseas, vômitos, icterícia e febre podem ocorrer nas complicações.

 

O diagnóstico é feito por ultrassonografia que apresenta uma sensibilidade de 96 a 98% para cálculos acima de 2mm.

 

O tratamento é cirúrgico na maioria dos casos e a escolha é pela cirurgia vídeo-laparoscópica.

 

As complicações ocorrem quando os cálculos migram para o ducto cístico podendo levar a colecistite aguda, que pode evoluir, se não operada, para empiema/pus, gangrena e perfuração.  Nos casos em que o cálculo migra para o colédoco pode levar a pancreatite aguda ou a colédoco-litíase, icterícia e colangite.

 

 

Dr Ascencio Garcia Lopes Junior

CRM 16394