A síndrome do intestino irritável é uma doença comum, acometendo em torno de 15% da população adulta norte americana, e acomete duas vezes mais mulheres do que homens. É uma doença que vem aumentando em incidência.

Segundo estatísticas, é a segunda maior causa de faltas ao trabalho, perdendo apenas para os resfriados, podendo corresponder de 25 a 50% das consultas dos gastroenterologistas.

Ela se caracteriza por dor abdominal e alteração do hábito intestinal, sem causa orgânica aparente. Portanto, seu diagnóstico é de exclusão, ou seja, quando outras causas orgânicas são afastadas, seu diagnóstico é provável.

A doença pode cursar tanto com diarreia (fezes amolecidas ou liquidas, ou aumento de volume das fezes), quanto com constipação, podendo o paciente ficar vários dias, até semanas, sem evacuar.

A dor costuma ser em cólicas, podendo localizar-se por todo o abdome ou ser localizada, variando de fraca a intensa, dependendo dos casos.

Esses sintomas principais podem vir acompanhados de outros sintomas, como plenitude (empachamento), dor no peito, saciedade precoce, sintomas de refluxo gastresofágico, entre outros.

Existem vários critérios diagnósticos, como os de Manning ou os critérios de Roma IV, usados para diagnosticar e classificar a síndrome e seus subtipos.

Quando existe a suspeita de Síndrome do Intestino Irritável, devem-se descartar outras doenças que podem cursar com sintomas semelhantes, e para isso deve-se lançar mão de exames de imagem, endoscópicos e laboratoriais, como a colonoscopia, as radiografias contrastadas do intestino grosso e exames de fezes e de sangue.

A Síndrome do Intestino Irritável é uma doença crônica, com períodos de melhora e piora, e sofre influencia do estado emocional e do nível de estresse a que o paciente é submetido.

O tratamento desta doença se baseia em medicações para alivio dos sintomas, como medicações para dor e para gases, medicações especificas, que agem sobre a motilidade gastrointestinal, assim como em mudanças de hábitos de vida, principalmente dietéticos, com restrição de alimentos que formam gases e aumento de ingestão de fibras dietéticas.

Caso você tenha diarreia ou constipação intestinal por mais de seis meses, acompanhadas de dor abdominal, é importante procurar um médico, para adequado diagnóstico e tratamento.